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| Pôr-do-sol na praia do Jacaré |
Na última sexta-feira, fui tocar em um casamento que aconteceria no fim da tarde, simultâneo ao cair do sol, que é belíssimo na praia do Jacaré, Cabedelo-PB. Tínhamos que estar lá as 15h30, para passar o som e deixar tudo pronto, antes da cerimônia. Chegamos com uma hora de atraso, e já um pouco estressados devido a algumas exigências de última hora da noiva que não estavam no contrato da banda, mas para não causar nenhum mal-estar, procuramos resolver do jeito que desse. O tecladista, que tocaria as músicas de entrada e saída dos noivos durante a cerimônia, se ausentou após a passagem de som, e a organização do evento ficou de pernas pro ar, quando souberam que quem tocaria a cerimônia tinha saído pra resolver um problema urgente (principalmente, quando noiva, noivo e convidados já estão prontos para começar tudo). Então foi aquela agonia, xingamento e tudo o mais. Dá até pra imaginar o stress não? Os outros músicos tentaram colocar a cantora para cantar tudo a capella, mas ela logo se recusou, e acredito até que, com razão. Então surge a ideia de o guitarrista, no caso eu, tocar as músicas com a cantora e até aí tudo bem, se não fosse o fato de apenas o tecladista tê-las ensaiado. Observando aquela situação tensa e estressante que todos se encontravam, decidi tentar fazer o que me pediam, pendurei a guitarra e chamei os cantores para passar as músicas baixinho, sem que ninguém ouvisse, para que eu pudesse entender a melodia e encontrar mais fácil a harmonia. Por sorte, quando eu ia começar a tocar para a entrada do noivo, o parceiro do teclado chega correndo e logo se posiciona para começar a cerimônia (que sorte hein?). Daí em diante, tudo foi mais tranquilo, tocamos o baile depois, as pessoas dançaram, comeram, beberam, enfim, se divertiram bastante, a não ser eu, que estava em um momento profundo de reflexão acerca do meu trabalho como guitarrista e do tempo que perdi sem estudar e sem correr atrás dos meus sonhos, fiquei um pouco triste e tal, até porque não toquei como eu queria, só que ao menos consegui chegar a uma conclusão: Preciso estudar muito, muito mais! Para que possa estar preparado e exercer de maneira melhor a profissão que escolhi.
