Bobby McFerrin é um cantor jazzista nasicdo no Reino Unido em 1950. Bobby é filho do primeiro cantor negro de prestígio na ópera e seguindo esta influência, também carrega muita bagagem no estilo erudito. O cantor chama atenção pela extensão vocal de 4 oitavas e pelos sons que consegue emitir com a voz, chegando inclusive a gravar alguns discos simulando os instrumentos apenas com a sua própria voz.
Além do talento excepcional desse músico brilhante, o que me motivou a fazer esse post foi um vídeo que mostra uma pequena aula de música envolvendo a platéia do World Science Festival 2009. O nome do seminário em tradução literal é "Notas e Neurônios: Em busca do coro comum" e em um momento especial, Bobby mostra aos presentes o poder da escala pentatônica.
"A escala pentatônica, é uma das escalas mais utilizadas na música pop, no rock e principalmente no blues. Qualquer sequência de 5 notas como o próprio nome já diz, configura uma escala pentatônica. Destaque para a penta maior que é derivada da escala maior ou diatônica. Utilizando o exemplo de Dó maior, temos a escala maior formada por 7 notas: C (dó) D (ré) E (mi) F (fá) G (sol) A (lá) B (si). Omitindo o quarto (fá) e o sétimo (si) graus da escala maior, geramos a pentatônica de C (dó) maior: C D E G A."
No vídeo, Bobby utiliza essa escala para demonstrar a influência que ela exerce sobre nós e talvez aí o porquê desta ser a sequência de notas mais utilizada na música popular. Ele cria um teclado imaginário no palco e apresenta as notas da escala pentatônica de Dó maior, onde cada ponto que ele pisa representa uma nota. A confirmação do poder da escala e a prova de como nós já estamos envolvidos com essa sonoridade, são constatadas nos momentos em que Bobby sai das notas já apresentadas por ele para novos lugares no palco e sem cantar nada, o público solfeja a nota correta quase que automaticamente.
Veja o vídeo para conferir essa experiência batuta: